sexta-feira, 17 de abril de 2009

Tangos, gargalhadas e tragédias

Nunca os tinha assistido. Ouvir falar ? Isso muito, e por muitas pessoas, tanto que percebi ser o momento de prestigiar este belo espetáculo, sucesso no país inteiro e até fora daqui. Fui ver o Tangos e tragédias.
Já imaginava, até em função dos comentários, que seria uma bela oprtunidade para umas boas risadas, mas foi muito mais do que isso. Sentei ao lado da minha pequena, e fiquei ali esperando as luzes se apagarem.
Lá no palco uns poucos objetos faziam parte do cenário, duas mesas, um teclado, algumas taças e muitas garrafas de vinho. Os microfones eram aqueles que se vê nos filmes antigos, nas imagens e fotos de uma passado repleto de radialistas notáveis.
Ainda antes da apresentação, os comentários vindos da fileira de traz confirmavam as espectativas. Tinha tudo para ser maravilhosamente ilário.
As luzes se apagam e sem muita pompa, anúncios ou citações, entram em cena o violinista Kraunus Sang (Hique Gomes) e o acordeonista, maestro Pletskaya (Nico Nicolaiewsky).Os nomes são estranhos, tanto como o lugar de onde eles vem, a Sbornia, um país perto do fim do mundo e só eles dois conhecem, e conhecem bem.
Em pouco mais de uma hora, nos fazem aprender sobre música, tradições e danças típicas da bela e inustada Sbornia. Ah ! Antes que eu me esqueça, vale dizer que eles sairam de lá depois que foram expulsos, é que se instalou lá por aquelas bandas um novo estilo músical, o rock'n roll.
As peripécias e brincadeiras vividas no palco, são sem dúvida, algo sensacional. Mas há também algo que acontece aqui em baixo, neste amontoado de cadeiras. Homens e mulheres, jóvens e idosos, bonitos e feios, todos juntos, rindo como se fossem crianças descobrindo o parque de diversões.
Talvez o que nos faça dar tantas risadas seja a forma natural, e por vezes até inocente que eles contam suas (que tbm são nossas) histórias. Afinal de contas, quem de nós já não teve um sunduiche roubado depois que desceu na rodoviária ?
E não é que lá pelas tantas eles conseguem falar sério e nos mostram que o bom mesmo é sorrir, amar e viver. Num dos poucos momentos de silêncio da plateia o violino suave acompanhado do acordeon majestoso comandam a regência de vozes que profetizam "devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer"
Feliz de quem esteve presente em cada uma das apresentações que esta dupla fez, nos mais de vinte anos de estrada. Feliz de mim, que o fiz ontem.
Saudações aos que fazem rir, chorar, aos que fazem arte...saudações e aplausos entusiasmados aos queridos Hique Gomes e Nico Nicolaiewsky.
Eu recomendo !



2 comentários:

  1. bah, teu titulo é bem parecido com o meu.... me copiou amor ?
    heuhiehha :)
    muuuuuuuuito bom o teu texto.
    te amo!

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  2. acho que eu fiz antes né mocinha ?

    Te amo !

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