terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Pensamentos



A sirene tocou alto. Um barulho forte, implacável, sons violentos que pareciam arremessar um tijolo contra o peito do garoto, o vermelho então, uma luz tão forte e desnorteante capaz de cegar.
Ele esfregou os olhos, tentou se esconder atrás do móvel velho que sua mãe insistia em manter na sala de casa. Queria fugir do tormento que aquilo trazia, buscava o refugio para todos os medos e angustias presentes dentro de uma cabeça atormentada com lembranças vindas de outro lugar. Um lugar escuro, apodrecido pela história feita a mão. Certa vez, lendo um livro do Verissimo, descobri que é mão do homem que faz a guerra. Naquele momento entendi apenas uma faceta desta expressão multipolar.
O calor das brutalidades contrastava com a leveza do aroma inodoro oriundo das folhas que já não coloriam a arvore velha e cheia de galhos.
O garoto percebeu que não poderia esquecer algo que não pode ser esquecido, é como o natal, não se pode esquecer, as lojas nunca te deixam, elas te fazem lembrar, e bem cedo, em outubro o papai noel já distribui balas e coleciona pedidos.

3 comentários:

  1. Olá Fabiano, você tem o dom de escrever coisas que fazem agente pensar, refletir, havaliar. Virei seu leitor, pode ter certeza.
    Grande abraço, Lucas Machado.

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  2. Oi Fabiano! Bem legal esse texto aí... vai ter continuação na história?

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  3. Parabéns pelo teu blog, que acabei de conhecer/ver/ler zapeando ao acaso pela net. E até descobrique temos alguns(umas) amigos(as) comuns, oq ue - por si só - já recomenda bem....rssssssss
    Abraço fraterno

    James Pizarro

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