terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Revoluções por minuto

Certas coisas que acontecem mundo afora me deixam atônito. Na Espanha o participante de um reality show foi eliminado do programa, descobriram que quando ele tinha quinze anos, matou os pais. Pois é, parece loucura, mas não é mais coisa de outro mundo saber de coisas assim, infelizmente não é novidade a notícia de um filho que mata os pais.
Assim como não é novidade as matanças que estudantes europeus e norte americanos promovem ao entrar dentro de uma faculdade atirando para todos os lados.
Mas não é apenas lá fora que cenas, imagens e notícias aterrorizam as pessoas.
Semana passada estava assistindo o telejornal, um grupo de pessoas, de Paraisópolis, bairro de São Paulo, se manisfestava e mostrava sua indignação com o fato de um moradores da mesma favela ter sido morto, um dia antes em uma abordagem policial.
Até ai tudo bem e até mesmo justo, afinal vivemos em país que garante a liberdade de expressão, e também a organização de movimentos sociais, desde que pacíficos e com uma causa plausível e considerável.
O que me revoltou viria depois, o helicóptero da emissora de TV, fazia imagens ao vivo da "manifestação" carros sendo incendiados, barricadas de fogo, saque a comerciantes locais... Agora, convido você a pensar sobre as mesmas perguntas que me fiz no momento em que assisti tudo isso. Eles estão saqueando os comerciantes do bairro, ateando fogo em tudo. Mas essa não era uma manifestação em defesa de um morador que havia morrido um dia antes ? Será que saquear os vizinhos resolve ou ameniza a situação ? Será que essa conduta coloca a opinião pública ao lado deles ?
Certamente você e eu respondemos a mesma coisa, ainda antes de pronunciar o NÃO, pude ver mais dois carros sendo arrombados e saqueados de uma forma tão fácil e hábil, própria de quem está acostumado a fazer tal delito. Foi ai que percebi como foi que assaltaram o meu carro, a porta do carona ficou igual, e a minha desolação deve ter sido semelhante a dos donos daqueles veículos, afinal pagamos impostos, e tudo que queremos é viver em paz. Aquilo tudo não era uma manifestação, era uma grande baderna, o motivo que lhes faltava para roubar, atirar contra a polícia e se rebelar. É como se a morte do homem, foragido do sistema prisional, fosse uma afronta por parte da polícia, e todos sabemos que está bem longe de ser assim.



Tudo isto, todas estas barabaridades, num bairro que tem a palavra paraíso no nome.
Desliguei a TV, fui tomar banho, acho que tenho mesmo é que ler um livro.

Um comentário:

  1. que caos, né? que horror.
    o mundo tá virado de cabeça pra baixo. só pode.

    te amo.

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